terça-feira, 15 de março de 2011

3am


Assisto as horas passarem por mim. Não me tocam, não me mexo. Objetos imóveis, inexpressivos, frios – todos espalhados pelo quarto onde me confino. A música toca de novo e de novo, no mesmo volume, tom, cadência, e me pergunto como não me enjôo. 

É o tédio, é a preguiça, é o cansaço, é a insônia – tudo na mesma madrugada. É só quando, depois de olhar um ponto fixo por algum tempo, as cores e formas começam a se misturar é que devo ir me deitar, agasalhar-me por entre o edredon e finalmente dormir (e esperar, pois é apenas o dia seguinte que guarda a possibilidade de uma próxima noite tranquila).

Um comentário:

  1. Nossa, exatamente como vem acontecendo comigo nos ultimos dias!
    Bjos Gui

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"Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um deles é burro"
Mário Quintana