domingo, 8 de abril de 2012

Sodade

De repente estava na nossa frente aquela que por tanto foi uma voz do outro lado do telefone. E a figura nas fotos na tela do computador. E a memória que povoa a cabeça de tempos em tempos, trazendo ao peito um aperto e aos lábios um "você lembra daquela vez que..."
Pois então estava, verdadeira. Os minutos de espera foram eternos - a ansiedade torna tudo eterno. Mas finalmente a tínhamos à nossa frente, nos nossos braços, na nossa casa. 
Uma parte que faltava de um todo que sempre foi um pouco manco. 
Risadas, histórias, carinhos - tudo o que diminui as distâncias e transforma em minutos os muitos anos em que estivemos tão longe. 
Tanto ouvimos do que não há ali. Ora, agora percebo, também nos falta muito quando você não está a cá.
Pena que duas semanas passam tão depressa. E pena que a tua - ou a nossa - realidade não possa esperar até que terminemos de matar essa saudade.
Mas a casa - e os corações - estarão sempre abertos para vocês. Volte logo!

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"Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um deles é burro"
Mário Quintana