sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A memória eterna

Já era fim da tarde. Ela tinha se levantado rápido demais da cadeira, e por isso, tudo girava. A pouca luz que iluminava o estacionamento era suficiente apenas, as lâmpadas dos postes não estavam acesas ainda e a noite se aproximava mais rápido do que nunca. As árvores estavam paradas por causa da falta de ventos daquela tarde de verão, e os pássaros se reuniam nos fios elétricos suspensos por toda a rua.

Não havia nenhum barulho ou movimento. Estava tudo tão bonito.

Ela fechou os olhos e desejou, com toda a sua vontade, que aquele momento pudesse durar para sempre. Lágrimas quase caíram dos seus olhos quando viu que os pássaros iam embora, um por um, enquanto um avião passava em cima de sua cabeça, fazendo o maior estardalhaço.

Bom, na memória ele dura, ela pensou e foi se deitar.

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"Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um deles é burro"
Mário Quintana